segunda-feira, 30 de maio de 2016

Marcos, homem direito

Marcos é o seu típico cara de 16-25 anos que veste camisa polo e sapa-tênis, curte o villamix, joga fute com os amigos, assiste pornô e não gosta do que estuda/trabalha. Marcos, em especial, foi criado por sua mãe junto com duas irmãs mais velhas. Ele aprendeu desde cedo como lidar e como respeitar mulheres.
Os sábados de Marcos eram baseados em: Estudar/trabalhar de manhã, jogar o fute com os amigos de tarde e, de noite, ir nas baladinhas top, chegar em casa e se trancar no seu quarto.
Marcos respeitava tanto as mulheres que se negava a assistir pornô lésbico. Ele apreciava mais vídeos em situações públicas. Era isso que o excitava, principalmente em ônibus e metrô. E assistiu até o ponto que se imaginava fornicando no ônibus. E quanto mais se imaginava, mais se excitava. Quanto mais se excitava, mais se imaginava. Quanto mais se imaginava, mais se excitava. Quanto mais se excitava, mais se imaginava.
Quando menos percebeu, Marcos apertou a bunda de alguma mulher no ônibus. E pulsou, nessa mulher, a sensação da mão de Marcos em seu corpo, pelos anos seguintes.

Mas eu conheço Marcos, ele é um cara direito, ele nunca estupraria ninguém. 

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Tampa

Todo mundo olhando
Para a garrafa a ser aberta
Validamente o encarar
Acanha a pobre coitada
Mas estamos aí
Olhando.
A garrafa não abre, não quer
Tem vergonha.
Só se ela soubesse que está nos fazendo
Um favor,
Esta fazendo com que todos nós
Prestemos atenção no agora
No presente budista.
Não sei se agradeço
Ou se quebro a garrafa.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Rompimentos da vida - Pequenos detalhes 1

           

                                            Recanto Japonês, Poços de Caldas - MG

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Teleologia (Ou a necessidade de Nada ser Algo)

Teleologia:
A necessidade humana
Egocêntrica de ter
Um sentindo (em algo que
Apresenta falta desse)
Para não morrer no vácuo
Do esquecimento

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O ridículo

O riso
De perceber o ridículo
A taquicardia
De se expor
A gota de suor azul
De refletir no pálido.

Na filosofia
Da parafrasiação
Percebo (logo, escrevo)
Que riu, ri, rirei
E só há de chorar
No dia em que
Me levar tão a sério.